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Fotografias da Exposição

contemporary art gallery

Rui Sanches

Words Don't Come easy

10 MAIO  24 - 29 JUNHO 24

Uso a fotografia como forma de investigar e tentar entender estes mares. Tentei torná-los mais artificiais e menos naturais.

Nuno Cera em conversa com Miguel Nabinho

Photographic documentation

Biografia do Artista

Rui Sanches nasceu em Lisboa (1954), onde vive e trabalha. Estudou no Ar.Co, em Lisboa, no Goldsmiths' College em Londres (B.A. 1980) e na Universidade de Yale em New Haven (M.F.A. 1982). Recebeu uma bolsa de estudo da Fundação Gulbenkian para o período 1980/1982. A sua primeira exposição individual de desenhos teve lugar em Lisboa, na Galeria de Arte Moderna da SNBA em 1984, logo seguida de uma primeira exposição de escultura na Galeria Diferença, na mesma cidade. Desde então tem mostrado o seu trabalho em muitas galerias, museus e centros de arte, tanto em Portugal como no estrangeiro.

Entre as exposições individuais, podemos destacar: "Desenhos", CAM, Fundação Gulbenkian; "Body Building", Loja da Atalaia, Lisboa; "Rui Sanches, Retrospectiva", CAM, Fundação Gulbenkian e "Museu", Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa. Algumas importantes exposições de grupo foram: a 19ª Bienal de São Paulo; "PASTFUTURETENSE", Galeria de Arte Winnipeg e Galeria de Arte Vancouver; "Tríptico", Europália 91; Museu van Hedendaagse Kunst, Gent; "Do Silêncio à Luz", Watari-Um, Tóquio; "Abstract/Real", Museu Moderner Kunst Stiftung Ludwig, Viena; "Dentro y Fuera" Cáceres e "Serralves 2009 - A Colecção", Museu de Serralves, Porto. Durante a década de 1980, o seu trabalho baseou-se na desconstrução de pinturas e géneros de pintura.

Biografia do Artista

Entre as exposições individuais, podemos destacar: "Desenhos", CAM, Fundação Gulbenkian; "Body Building", Loja da Atalaia, Lisboa; "Rui Sanches, Retrospectiva", CAM, Fundação Gulbenkian e "Museu", Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa. Algumas importantes exposições de grupo foram: a 19ª Bienal de São Paulo; "PASTFUTURETENSE", Galeria de Arte Winnipeg e Galeria de Arte Vancouver; "Tríptico", Europália 91; Museu van Hedendaagse Kunst, Gent; "Do Silêncio à Luz", Watari-Um, Tóquio; "Abstract/Real", Museu Moderner Kunst Stiftung Ludwig, Viena; "Dentro y Fuera" Cáceres e "Serralves 2009 - A Colecção", Museu de Serralves, Porto. Durante a década de 1980, o seu trabalho baseou-se na desconstrução de pinturas e géneros de pintura.

Patrícia Garrido graduated in painting at the Escola Superior de Belas-Artes in Lisbon (ESBAL). She has participated in numerous group exhibitions which include: Mais Tempo, Menos História, Serralves Foundation, Porto (1996); O Império Contra-Ataca, Galeria ZDB, Lisbon (1998); Squatters, Galeria do CRUARB, Porto (2001). Solo exhibitions include: T1, Serralves Foundation, Porto (1998); Móveis ao Cubo, Desenhos ao Acaso, TREM Galeria Municipal de Arte, Faro (2009); Peças Mais ou Menos Recentes, EDP Foundation, Museu Nacional Soares dos Reis and Galeria Fernando Santos, Porto (2013).

Rui Sanches nasceu em Lisboa (1954), onde vive e trabalha. Estudou no Ar.Co, em Lisboa, no Goldsmiths' College em Londres (B.A. 1980) e na Universidade de Yale em New Haven (M.F.A. 1982). Recebeu uma bolsa de estudo da Fundação Gulbenkian para o período 1980/1982. A sua primeira exposição individual de desenhos teve lugar em Lisboa, na Galeria de Arte Moderna da SNBA em 1984, logo seguida de uma primeira exposição de escultura na Galeria Diferença, na mesma cidade. Desde então tem mostrado o seu trabalho em muitas galerias, museus e centros de arte, tanto em Portugal como no estrangeiro.

Biografia do Artista

Rui Sanches nasceu em Lisboa (1954), onde vive e trabalha. Estudou no Ar.Co, em Lisboa, no Goldsmiths' College em Londres (B.A. 1980) e na Universidade de Yale em New Haven (M.F.A. 1982). Recebeu uma bolsa de estudo da Fundação Gulbenkian para o período 1980/1982. A sua primeira exposição individual de desenhos teve lugar em Lisboa, na Galeria de Arte Moderna da SNBA em 1984, logo seguida de uma primeira exposição de escultura na Galeria Diferença, na mesma cidade. Desde então tem mostrado o seu trabalho em muitas galerias, museus e centros de arte, tanto em Portugal como no estrangeiro.

Entre as exposições individuais, podemos destacar: "Desenhos", CAM, Fundação Gulbenkian; "Body Building", Loja da Atalaia, Lisboa; "Rui Sanches, Retrospectiva", CAM, Fundação Gulbenkian e "Museu", Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa. Algumas importantes exposições de grupo foram: a 19ª Bienal de São Paulo; "PASTFUTURETENSE", Galeria de Arte Winnipeg e Galeria de Arte Vancouver; "Tríptico", Europália 91; Museu van Hedendaagse Kunst, Gent; "Do Silêncio à Luz", Watari-Um, Tóquio; "Abstract/Real", Museu Moderner Kunst Stiftung Ludwig, Viena; "Dentro y Fuera" Cáceres e "Serralves 2009 - A Colecção", Museu de Serralves, Porto. Durante a década de 1980, o seu trabalho baseou-se na desconstrução de pinturas e géneros de pintura.

Biografia do Artista

“O que foi interessante e o que foi divertido no trabalho foi tentar ver como é que eu podia, usando estes materiais e este tipo de linguagem, tornar a letra uma coisa interessante plasticamente.”

Rui Sanches em conversa com Miguel Nabinho

Obras

Biografia do Artista

O processo significativo da linguagem escrita é diferente do da “linguagem” visual. As letras são formas e, também, sinais simbólicos. É-lhes atribuído, de forma consensual, um determinado significado, que permite que a sua conjugação feita de acordo com as regras gramaticais vigentes, dê origem a palavras que, por sua vez, podem ser organizadas em frases e textos mais complexos. 

Alterações à forma das letras podem não interferir com o seu significado directo semântico, mas criam conotações diferentes, que mudam o seu sentido.

Recentemente reli a maravilhosa novela de Honoré Balzac, “Le chef-d’oeuvre inconnu”, que é uma inspiradora meditação sobre o estatuto da obra de arte e o papel da subjectividade na sua realização. O pintor Nicolas Poussin, que é um dos personagens centrais do episódio narrado por Balzac, sempre exerceu sobre mim um grande fascínio. Numa das suas obras principais intitulada “Os pastores da Arcádia”, aparece, inscrita num túmulo, a divisa em latim Et in Arcadia Ego. Foi esta frase elegíaca que escolhi para trabalhar, criando uma forma escultórica para cada letra. Contruídas em contraplacado de pinho, material “pobre”, austero, mas com uma superfície visualmente efusiva, pictórica, as letras organizam-se numa prateleira para formar a frase pretendida, apresentando-se ao observador como objectos tridimensionais, que podem ser vistos de vários pontos de vista.

As palavras são por vezes banalizadas pela sua utilização indiscriminada. Palavras que expressam significados poderosos são muitas vezes usadas para tudo e para nada. Um exemplo disso é a frequência com que os verbos “amar” e “odiar” são atirados para a conversa a propósito das coisas mais insignificantes. O oposto dessa utilização despropositada é a aparição desses mesmos verbos, em versão inglesa, nas mãos do sinistro protagonista do filme “The Night of the Hunter” de Charles Laughton. Robert Mitchum, que interpreta o inquietante personagem, tem tatuadas, uma em cada falange dos dedos, as letras que formam as palavras “LOVE” e “HATE”. Foram essas as palavras que utilizei para construir outras esculturas. Acrescentei uma peça de parede formada pelas LFTE que, em inglês, podem formar as palavras “FELT” e “LEFT”, tempos do verbo “sentir” e “deixar”, que acrescentam mais uma camada de ambiguidade ao conjunto.

Rui Sanches

As palavras são por vezes banalizadas pela sua utilização indiscriminada. Palavras que expressam significados poderosos são muitas vezes usadas para tudo e para nada. Um exemplo disso é a frequência com que os verbos “amar” e “odiar” são atirados para a conversa a propósito das coisas mais insignificantes. O oposto dessa utilização despropositada é a aparição desses mesmos verbos, em versão inglesa, nas mãos do sinistro protagonista do filme “The Night of the Hunter” de Charles Laughton. Robert Mitchum, que interpreta o inquietante personagem, tem tatuadas, uma em cada falange dos dedos, as letras que formam as palavras “LOVE” e “HATE”. Foram essas as palavras que utilizei para construir outras esculturas. Acrescentei uma peça de parede formada pelas LFTE que, em inglês, podem formar as palavras “FELT” e “LEFT”, tempos do verbo “sentir” e “deixar”, que acrescentam mais uma camada de ambiguidade ao conjunto.

Rui Sanches

Patrícia Garrido graduated in painting at the Escola Superior de Belas-Artes in Lisbon (ESBAL). She has participated in numerous group exhibitions which include: Mais Tempo, Menos História, Serralves Foundation, Porto (1996); O Império Contra-Ataca, Galeria ZDB, Lisbon (1998); Squatters, Galeria do CRUARB, Porto (2001). Solo exhibitions include: T1, Serralves Foundation, Porto (1998); Móveis ao Cubo, Desenhos ao Acaso, TREM Galeria Municipal de Arte, Faro (2009); Peças Mais ou Menos Recentes, EDP Foundation, Museu Nacional Soares dos Reis and Galeria Fernando Santos, Porto (2013).

O processo significativo da linguagem escrita é diferente do da “linguagem” visual. As letras são formas e, também, sinais simbólicos. É-lhes atribuído, de forma consensual, um determinado significado, que permite que a sua conjugação feita de acordo com as regras gramaticais vigentes, dê origem a palavras que, por sua vez, podem ser organizadas em frases e textos mais complexos. 

Alterações à forma das letras podem não interferir com o seu significado directo semântico, mas criam conotações diferentes, que mudam o seu sentido.

Recentemente reli a maravilhosa novela de Honoré Balzac, “Le chef-d’oeuvre inconnu”, que é uma inspiradora meditação sobre o estatuto da obra de arte e o papel da subjectividade na sua realização. O pintor Nicolas Poussin, que é um dos personagens centrais do episódio narrado por Balzac, sempre exerceu sobre mim um grande fascínio. Numa das suas obras principais intitulada “Os pastores da Arcádia”, aparece, inscrita num túmulo, a divisa em latim Et in Arcadia Ego. Foi esta frase elegíaca que escolhi para trabalhar, criando uma forma escultórica para cada letra. Contruídas em contraplacado de pinho, material “pobre”, austero, mas com uma superfície visualmente efusiva, pictórica, as letras organizam-se numa prateleira para formar a frase pretendida, apresentando-se ao observador como objectos tridimensionais, que podem ser vistos de vários pontos de vista.

 

O processo significativo da linguagem escrita é diferente do da “linguagem” visual. As letras são formas e, também, sinais simbólicos. É-lhes atribuído, de forma consensual, um determinado significado, que permite que a sua conjugação feita de acordo com as regras gramaticais vigentes, dê origem a palavras que, por sua vez, podem ser organizadas em frases e textos mais complexos. 

Alterações à forma das letras podem não interferir com o seu significado directo semântico, mas criam conotações diferentes, que mudam o seu sentido.

Recentemente reli a maravilhosa novela de Honoré Balzac, “Le chef-d’oeuvre inconnu”, que é uma inspiradora meditação sobre o estatuto da obra de arte e o papel da subjectividade na sua realização. O pintor Nicolas Poussin, que é um dos personagens centrais do episódio narrado por Balzac, sempre exerceu sobre mim um grande fascínio. Numa das suas obras principais intitulada “Os pastores da Arcádia”, aparece, inscrita num túmulo, a divisa em latim Et in Arcadia Ego. Foi esta frase elegíaca que escolhi para trabalhar, criando uma forma escultórica para cada letra. Contruídas em contraplacado de pinho, material “pobre”, austero, mas com uma superfície visualmente efusiva, pictórica, as letras organizam-se numa prateleira para formar a frase pretendida, apresentando-se ao observador como objectos tridimensionais, que podem ser vistos de vários pontos de vista.

As palavras são por vezes banalizadas pela sua utilização indiscriminada. Palavras que expressam significados poderosos são muitas vezes usadas para tudo e para nada. Um exemplo disso é a frequência com que os verbos “amar” e “odiar” são atirados para a conversa a propósito das coisas mais insignificantes. O oposto dessa utilização despropositada é a aparição desses mesmos verbos, em versão inglesa, nas mãos do sinistro protagonista do filme “The Night of the Hunter” de Charles Laughton. Robert Mitchum, que interpreta o inquietante personagem, tem tatuadas, uma em cada falange dos dedos, as letras que formam as palavras “LOVE” e “HATE”. Foram essas as palavras que utilizei para construir outras esculturas. Acrescentei uma peça de parede formada pelas LFTE que, em inglês, podem formar as palavras “FELT” e “LEFT”, tempos do verbo “sentir” e “deixar”, que acrescentam mais uma camada de ambiguidade ao conjunto.

Rui Sanches

Fotografias da Exposição

Pedro Cabrita Reis em conversa com Miguel Nabinho

Documentação Fotográfica

O seu trabalho está presente nas seguintes coleções: Museu do Chiado, Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea do Funchal, Fundação EDP, Coleção António Cachola e também a Coleção Banco Privado. Recebeu o Prémio União Latina em 2001. A partir dos princípios da assemblage, da apropriação intervencionada e da construção abstracta, a artista cria objectos que apelam à leitura atenta dos seus próprios processos, surpresa e natureza intrínseca. Isolados ou concebidos para diálogos no espaço, têm a presença e o apelo tátil da escultura, mas também a desenvoltura do desenho e o intrigante desafio de sua referência simbólica latente.

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