Obras
Jorge Molder
Grandes Planos
14 ABRIL -13 MAIO 2023
Uso a fotografia como forma de investigar e tentar entender estes mares. Tentei torná-los mais artificiais e menos naturais.
Nuno Cera em conversa com Miguel Nabinho
O seu trabalho está presente nas seguintes coleções: Museu do Chiado, Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea do Funchal, Fundação EDP, Coleção António Cachola e também a Coleção Banco Privado. Recebeu o Prémio União Latina em 2001. A partir dos princípios da assemblage, da apropriação intervencionada e da construção abstracta, a artista cria objectos que apelam à leitura atenta dos seus próprios processos, surpresa e natureza intrínseca. Isolados ou concebidos para diálogos no espaço, têm a presença e o apelo tátil da escultura, mas também a desenvoltura do desenho e o intrigante desafio de sua referência simbólica latente.
Photographic documentation
Biografia do Artista
Jorge Molder começou a sua carreira de fotógrafo com uma exposição individual em 1977 dedicada a Vilarinho das Furnas, na qual já estava patente o pendor nostálgico que irá orientar a sua obra, sublinhado pelo uso do preto e branco e pelo ligeiro sfumatto que raramente abandonará.
Em 1980 realiza uma exposição em colaboração com os poetas João Miguel Fernandes Jorge e Joaquim Manuel Magalhães na qual se começa a esboçar o seu interesse pela insinuação narrativa e o pendor cinematográfico da sua fotografia. O “film-noir”, mais precisamente pela mão de Dashiell Hammett, marca esteticamente os locais abandonados que Molder selecciona como cenários nestes primeiros trabalhos.
A adopção da série como categoria estruturante acentua esse carácter cinematográfico. Aliada ao interesse quase obsessivo pela prática do auto-retrato, a série irá funcionar como o dispositivo de produção de sentido mais omnipresente no desenrolar do seu percurso fotográfico.
Em Joseph Conrad (1990) ou The Secret Agent (1991) encontramos um conjunto de cenários e adereços que evocam uma narrativa suspensa, como pistas numa novela policial ou num conto fantástico cujo desenrolar permanece obscuro.
O auto-retrato, embora esteja presente desde tão cedo quanto 1981, só mais tarde virá a assumir o seu actual carácter. Ao ser trabalhado em séries, o auto-retrato assume um estatuto de auto-representação, no qual o eu se revela e oculta através da assunção de um outro enquanto protagonista da representação.
Entre o filme “noir” e o romance vitoriano, entre o agente secreto e Mister Hyde, o outro é aquele que se libertou do corpo para abraçar plenamente a sua condição espectral, sendo que esta é a condição da fotografia ela própria. Como testemunho último dessa condição veja-se uma série como Nox (Bienal de Veneza 1999) na qual a densidade do negro ameaça subsumir, por fim, as suas personagens.
Em 1999 representa Portugal na Bienal de Veneza com a série Nox. Desde então tem exposto nas maiores instituições nacionais e internacionais e tem sido alvo de estudo pelos maiores críticos de fotografia contemporânea.
Biografia do Artista
O auto-retrato, embora esteja presente desde tão cedo quanto 1981, só mais tarde virá a assumir o seu actual carácter. Ao ser trabalhado em séries, o auto-retrato assume um estatuto de auto-representação, no qual o eu se revela e oculta através da assunção de um outro enquanto protagonista da representação.
Entre o filme “noir” e o romance vitoriano, entre o agente secreto e Mister Hyde, o outro é aquele que se libertou do corpo para abraçar plenamente a sua condição espectral, sendo que esta é a condição da fotografia ela própria. Como testemunho último dessa condição veja-se uma série como Nox (Bienal de Veneza 1999) na qual a densidade do negro ameaça subsumir, por fim, as suas personagens.
Em 1999 representa Portugal na Bienal de Veneza com a série Nox. Desde então tem exposto nas maiores instituições nacionais e internacionais e tem sido alvo de estudo pelos maiores críticos de fotografia contemporânea.
Patrícia Garrido graduated in painting at the Escola Superior de Belas-Artes in Lisbon (ESBAL). She has participated in numerous group exhibitions which include: Mais Tempo, Menos História, Serralves Foundation, Porto (1996); O Império Contra-Ataca, Galeria ZDB, Lisbon (1998); Squatters, Galeria do CRUARB, Porto (2001). Solo exhibitions include: T1, Serralves Foundation, Porto (1998); Móveis ao Cubo, Desenhos ao Acaso, TREM Galeria Municipal de Arte, Faro (2009); Peças Mais ou Menos Recentes, EDP Foundation, Museu Nacional Soares dos Reis and Galeria Fernando Santos, Porto (2013).
Jorge Molder começou a sua carreira de fotógrafo com uma exposição individual em 1977 dedicada a Vilarinho das Furnas, na qual já estava patente o pendor nostálgico que irá orientar a sua obra, sublinhado pelo uso do preto e branco e pelo ligeiro sfumatto que raramente abandonará.
Em 1980 realiza uma exposição em colaboração com os poetas João Miguel Fernandes Jorge e Joaquim Manuel Magalhães na qual se começa a esboçar o seu interesse pela insinuação narrativa e o pendor cinematográfico da sua fotografia. O “film-noir”, mais precisamente pela mão de Dashiell Hammett, marca esteticamente os locais abandonados que Molder selecciona como cenários nestes primeiros trabalhos.
A adopção da série como categoria estruturante acentua esse carácter cinematográfico. Aliada ao interesse quase obsessivo pela prática do auto-retrato, a série irá funcionar como o dispositivo de produção de sentido mais omnipresente no desenrolar do seu percurso fotográfico.
Em Joseph Conrad (1990) ou The Secret Agent (1991) encontramos um conjunto de cenários e adereços que evocam uma narrativa suspensa, como pistas numa novela policial ou num conto fantástico cujo desenrolar permanece obscuro.
Biografia do Artista
Jorge Molder começou a sua carreira de fotógrafo com uma exposição individual em 1977 dedicada a Vilarinho das Furnas, na qual já estava patente o pendor nostálgico que irá orientar a sua obra, sublinhado pelo uso do preto e branco e pelo ligeiro sfumatto que raramente abandonará.
Em 1980 realiza uma exposição em colaboração com os poetas João Miguel Fernandes Jorge e Joaquim Manuel Magalhães na qual se começa a esboçar o seu interesse pela insinuação narrativa e o pendor cinematográfico da sua fotografia. O “film-noir”, mais precisamente pela mão de Dashiell Hammett, marca esteticamente os locais abandonados que Molder selecciona como cenários nestes primeiros trabalhos.
A adopção da série como categoria estruturante acentua esse carácter cinematográfico. Aliada ao interesse quase obsessivo pela prática do auto-retrato, a série irá funcionar como o dispositivo de produção de sentido mais omnipresente no desenrolar do seu percurso fotográfico.
Em Joseph Conrad (1990) ou The Secret Agent (1991) encontramos um conjunto de cenários e adereços que evocam uma narrativa suspensa, como pistas numa novela policial ou num conto fantástico cujo desenrolar permanece obscuro.
O auto-retrato, embora esteja presente desde tão cedo quanto 1981, só mais tarde virá a assumir o seu actual carácter. Ao ser trabalhado em séries, o auto-retrato assume um estatuto de auto-representação, no qual o eu se revela e oculta através da assunção de um outro enquanto protagonista da representação.
Entre o filme “noir” e o romance vitoriano, entre o agente secreto e Mister Hyde, o outro é aquele que se libertou do corpo para abraçar plenamente a sua condição espectral, sendo que esta é a condição da fotografia ela própria. Como testemunho último dessa condição veja-se uma série como Nox (Bienal de Veneza 1999) na qual a densidade do negro ameaça subsumir, por fim, as suas personagens.
Em 1999 representa Portugal na Bienal de Veneza com a série Nox. Desde então tem exposto nas maiores instituições nacionais e internacionais e tem sido alvo de estudo pelos maiores críticos de fotografia contemporânea.
Biografia do Artista
Fotografias da Exposição
Selected Artworks
Durante muitos anos não houve pintores e em certas alturas a pintura foi esquecida. É um trabalho mais solitário e demorado e talvez muitos artistas não estejam à altura ou talvez estejam todos fartos de pintar.
Pedro Casqueiro em conversa com Nuno Crespo para o Público.
As imagens foram-me explicando que a sua dimensão, a sua relação comigo, é uma relação de Grandes Planos.
Jorge Molder em conversa com Miguel Nabinho